segunda-feira, 22 de abril de 2024

O Prazer da Escrita!


O Prazer da Escrita

Tinha perdido o sentido das palavras
e um dia numa simples ligação
descobri três letras nascidas nas marcas do deserto
indicadoras do caminho do oásis.

Chegado lá saciei a minha sede de poesia
e comecei a edificar a minha casa no bairro,
mas no vocabulário da minha nova casa
não poderia haver portas fechadas, nem chaves,
apenas uma entrada larga para uma simples sala,
onde a todos fosse permitido habitar,
apesar de por vezes existirem olhares não coincidentes
e se trocarem ideias opostas.

Os antagonismos gerados pelas palavras,
conduzem a um labirinto sem portas,
enquanto o direito à diferença
origina o saber e a beleza da descoberta
de novos mundos e de outros seres,
para partilhar o mesmo território de liberdade,
na diversidade das linguagens,
e assim nasceu a escrita no deserto,
como aprendi recentemente.

O prazer da escrita não possui tempo nem lugar,
ele existe em comunhão com o desejo,
o desejo sem deveres nem leis,
porque as palavras nascem livres de condicionalismos
e só assim é possível nascer a poesia.

Rui Luís Lima

quinta-feira, 18 de abril de 2024

O Candeeiro Verde!


O Candeeiro Verde!

Sempre que via estes candeeiros nos filmes, geralmente em bibliotecas, mas também noutros locais, ficava fascinado com eles e até vi dois episódios da série de televisão "Sem Rasto", que tratavam de um sequestro numa livraria repleta destes belos candeeiros. Mais tarde num antiquário na Baixa Lisboeta encontrei o famoso candeeiro verde (usado), mas pediram-me 150,00 € por ele e rapidamente desistimos da compra.

Meses depois voltei a cruzar-me com ele, mas noutra cor sem ser o tradicional verde, mas novo, e desta feita o seu valor era 120,00 € e estivemos quase a cair na tentação, mas depois decidi esperar mais um pouco até que numa viagem a Paris o encontrámos numa loja em frente ao Centro Pompidou, ainda mais barato, mas depois de pesarmos os prós e os contras, mais uma vez a sua vinda ficou adiada até que por mero acaso a senhora aqui de casa se cruzou com ele, quase ao virar da esquina, a um preço bem convidativo e novinho em folha a 60,00 €, posso confessor que são oriundos da Alemanha e como um belo aniversário estava próximo, aqui está ele, já a ser utilizado porque não resisti a esta bela e convidativa tentação.

Rui Luís Lima

terça-feira, 16 de abril de 2024

"Tintin no País dos Sovietes" / "Tintin au pays des sovietes" - Hergé


Tintin
"Tintin no País dos Sovietes" / "Tintin au pays des sovietes"
Arte: Hergé
Argumento: Hergé
Pranchas: 137
Álbum: Verbo

“Tintin no País dos Sovietes” é a primeira aventura de Tintin (repórter do «Petit Vingtième»), criada por Hergé, em 1929, publicada a preto e branco e que só muito recentemente foi colorida. Recorde-se que esta foi a última aventura de Tintin a ser publicada na Revista Tintin (portuguesa), tendo ficado incompleta, devido à publicação da Revista Tintin ter sido interrompida pela casa editora (Bertrand) e só posteriormente iria ser lançada em álbum em Portugal.

Hergé & Tintin

Assim começava esta aventura de Tintin escrita e desenhada por esse Mago chamado Hergé: “O «Petit Vingtième» sempre desejoso de satisfazer os seus leitores e de os manter ao corrente do que se passa no estrangeiro, acaba de enviar à Rússia Soviética um dos seus melhores repórteres: TINTIN! São as suas múltiplas peripécias que desfilarão sob o vosso olhar cada semana.

Hergé
(1907 - 1983)

N.B. A Direcção do «Petit Vingtème» garante que todas as fotografias são rigorosamente autênticas, tendo sido tiradas pelo próprio Tintin, ajudado pelo seu simpático cão Milu!”


Assim nascia um dos mais célebres heróis da história da 9º Arte e um personagem incontornável da banda desenhada para inúmeras gerações!

Rui Luís Lima

"Flash Gordon II" - Al Williamson


Flash Gordon
"Flash Gordon II"
Arte: Al Williamson
Argumento: Al Williamson
Antologia da BD Clássica Nº. 17
Páginas: 44
Editorial Futura

Este segundo álbum das aventuras de Flash Gordon da responsabilidade da Editorial Futura reúne as páginas dominicais deste herói da banda desenhada da autoria de Al Williamson. Recorde-se que Flash Gordon foi criado pelo genial Alex Raymond, tendo surgido pela primeira vez a 7 de Janeiro de 1934, nas habituais tiras diárias de três vignetas e respectivas páginas dominicais. O álbum “Flash Gordon II” da autoria de Al Williamson, um dos criadores que deram continuação às aventuras do herói espacial criado por Alex Raymond oferece-nos as seguintes histórias:


- Elixir da Juventude.
- A Máquina Perfuradora.
- Flash Gordon no Continente Perdido de Mongo.

Quando Alex Raymond abandonou a feitura de Flash Gordon as tiras diárias foram entregues a Dan Barry, enquanto as páginas dominicais passaram a ser da responsabilidade de Al Williamson.

Al Williamson
(1931 - 2010)

Tenho no entanto de confessar que prefiro a magia das tiras diárias de Dan Barry, às páginas dominicais de Al Williamson, mais próximas do grafismo, dos célebres “comic-books”.

Rui Luís Lima

"Flash Gordon" - Dan Barry


"Flash Gordon"
Autor: Dan Barry
Colecção: Antologia da BD Clássica Nº.4
Páginas: 56
Editorial Futura

Este álbum de banda desenhada das aventuras de Flah Gordon, criado por Dan Barry, engloba as tiras diárias publicadas entre 31/08/1954 e 26/04/1955 e inclui três aventuras deste herói, que nos anos cinquenta ao serem publicadas em Portugal, a censura tratou de mutilar e alterar algumas das tiras criadas por Dan Barry, surgindo agora pela primeira vez, tal como foram idealizadas pelo seu criador.

Dan Barry
(1923 - 1997)

Certamente as personagens femininas invadiram os sonhos eróticos dos censores e eles desejaram que o "mal" não atingisse a restante população do país. A terminar, nunca é demais referir, que a qualidade do desenho e do texto são excelentes nestas tiras diárias do Flash Gordon de Dan Barry.

Este álbum inclui as seguintes histórias:
- Viagem ao Futuro.
- O Bébé Marciano.
- A Maldição do Vulke.

Rui Luís Lima

Marshal Blueberry - "Missão Sherman" - William Vance / Jean Giraud


Marshal Blueberry
"Missão Sherman"
Arte: William Vance
Argumento: Jean Giraud
Páginas: 48
Meribérica

Marshal Blueberry - "A Fronteira Sangrenta" - Michel Rouge / Jean Giraud


Marshal Blueberry
"A Fronteira Sangrenta"
Arte: Michel Rouge
Argumento: Jean Giraud
Páginas: 48
Meribérica

Camille Pissarro - "Les Tuileries"


Camille Pissarro
"Les Tuileries"
Óleo sobre tela
Ano: 1899

Claude Monet - "Vue du jardin des Tuileries"


Claude Monet
"Vue du jardin des Tuileries"
Óleo sobre tela
Ano: 1876
Museu Marmottan.Monet, Paris.

Giuseppe De Nittis - "La Place du Carrousel, ruine des Tuileries"


Giuseppe De Nittis
"La Place du Carrousel, ruine des Tuileries"
Óleo sobre tela
Ano: 1882
Museu do Louvre, Paris.

Edgar Degas - "Place de la Concorde"


Edgar Degas
"Place de la Concorde"
Óleo sobre tela
Ano: 1985
Museu Hermitage, Saint-Pétersbourg

Bernard Prince - "Os Piratas de Lokanga" - Hermann / Greg


Bernard Prince
"Os Piratas de Lokanga"
Arte: Hermann
Argumento: Greg
Pranchas: 23
Álbum: Asa/Público


Foi com esta aventura intitulada "Os Piratas de Lokanga" que Bernard Prince surgiu nas páginas da revista Tintin em 1966 e onde o nosso herói na companhia do jovem Djinn se irá cruzar com esse velho marinheiro turbulento chamado Barney Jordan, que gosta bastante de bebidas "espirituosas" e que virá a juntar-se à tripulação do Cormoran.

Rui Luís Lima

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Marsupilami - ”Não Toquem nos Pintarroxos" - Franquin


Marsupilami
”Não Toquem nos Pintarroxos"
Arte: Franquin
Argumento: Franquin
Pranchas: 2
Álbum: Asa / Público

Esta aventura do célebre Marsupilami, de que Franquin tanto gostava, terminou por levar este genial criador da banda desenhada a passar as aventuras de Spirou e Fantásio a outros desenhadores, dedicando-se inteiramente às aventuras de Marsupilami, tornando-o num herói autónomo, deixando assim de surgir ao lado de Spirou e Fantásio, embora por vezes eles se cruzem no tempo.

André Franquin
(1924 - 1997)

“Não Toquem nos Pintarroxos” foi publicada pela primeira vez nas páginas do nº.936 da revista Spirou, a 22 de Março de 1956 e está incluída no álbum “A Máscara Misteriosa”, das aventuras de Spirou e Fantásio, publicada numa edição da editora Asa com o jornal “Público”.

Rui Luís Lima

Camille Pissarro - "Le Port Royal et le pavillon de Flore"


Camille Pissarro
"Le Port Royal et le pavillon de Flore"
Óleo sobre tela
Ano: 1903
Petit Palais, Paris

Albert Lebourg - "Le Pont des Arts et l'Institut de France. effet de soleil au matin"


Albert Lebourg
"Le Pont des Arts et l'Institut de France.
effet de soleil au matin"
Óleo sobre tela
Palais  de l'Institut, Paris
Ano: 1900

Herbert Joos - “The Philosophy of The Fluegelhorn”


Herbert Joos
“The Philosophy of The Fluegelhorn”
JAPO 60004
JAPO Records
1974

Herbert Joos – fluegelhorn, bass, bass recorder, bamboo flute, mellophone, trumpet, alto horn, vibes.

1 – The Philosophy of The Fluegelhorn – 13:07
2 – The Warm Body of My True Love – 6:38
3 – Skarabares II – 8:51
4 – Rainbow – 3:32
5 – The Joker – 2:36
6 – An Evening With The Vampire – 1:56

Herbert Joos
(1940 - 2019)

A década de setenta, do século xx, está repleta de aventuras musicais na primeira pessoa, em que o próprio músico produzia o seu trabalho discográfico e investia todo o seu saber nele (e por vezes o seu próprio dinheiro), para que ele visse a luz do dia, sabendo que nessa época o seu esforço terminava, na maioria das vezes, por ser recompensado, a nível crítico, mas também de vendas e este fabuloso álbum de Herbert Joos é a prova disso mesmo, porque "The Philosophy of The Fluegelhorn" (que belo título!) é na verdade uma pérola indiscutível no interior do denominado jazz europeu, que nasceu para o mundo precisamente nesta década, ainda inesquecível, para alguns.

Todas as composições são da autoria de Herbert Joos. Recorde-se que este músico, multi-instrumentista, nascido a 21 de Março de 1940 em Karlsruhe, Alemanha, também é um excelente desenhador ou artista gráfico, se preferirem, tendo eleito diversas figuras do universo do jazz como modelos do seu trabalho artístico. Gravado em Julho de 1973 no Tonstudio Bauer, Ludwigsburg, por Carlos Albrecht. Design de Herbert Joos. Produção de Herbert Joos.

Rui Luís Lima

Albert Lebourg - "Place de la Concorde"


Albert Lebourg
"Place de la Concorde"
Óleo sobre tela
s/data
Museu Marmottan, Paris.

domingo, 14 de abril de 2024

"Eternus 9 - Regresso do Nada"


"Eternus 9 - Regresso do Nada"
Arte: Victor Mesquita
Texto: Victor Mesquita
Revista: Visão nºs. 1 a 5
Ano: 1975

"Geraldo Sem Pavor"


"Geraldo Sem Pavor"
Autor: José Antunes
Mundo de Aventuras nºs. 369 a 380 - 1ª Série
Ano: 1956

José Antunes - (1937 - 2010)

A História de Portugal foi uma bela fonte de criatividade da banda desenhada portuguesa, sendo José Antunes, Fernando Bento, Vítor Péon e Eduardo Teixeira Coelho, alguns dos autores que mais cultivaram este belo género da banda desenhada portuguesa.

Rui Luís Lima

Rimbabelle - "Turma na Escócia"



Rimbabelle
"Turma na Escócia"
Arte: Vicq
Argumento: Roba
Revista: Spirou nºs. 1 a 22
Ano: 1971

Schtroumpfs - "A Schtroumfzinha"


Schtroumpfs
"A Schtroumfzinha"
Arte: Peyo (Pierre Culliford)
Argumento: Guy Delporte
Revista: Spirou nºs. 1 a 20
Ano: 1971

Tif & Tondu - "A Matéria Verde"


Tif & Tondu
"A Matéria Verde"
Arte: Will
Argumento: Maurice Rosy
Revista: Spirou nºs. 1 a 23
Ano: 1971