domingo, 28 de maio de 2023

Vincente Minnelli - "Cativos do Mal" / "The Bad and The Beautiful"


Vincente Minnelli
"Cativos do Mal" / "The Bad and The Beautiful"
(EUA - 1952) - (118 min. - P/B)
Kirk Douglas, Lana Turner, Walter Pidgeon, Dick Powell.

"Cativos do Mal" / "The Bad and The Beautiful"

sábado, 27 de maio de 2023

Vincente Minnelli - "A Herança da Carne" / "Home From The Hill"


Vincente Minnelli
"A Herança da Carne" / "Home From The Hill"
(EUA - 1960) - (150 min./Cor)
Robert Mitchum, Eleanor Parker, George Peppard,
George Hamilton, Luana Patten, Everett Sloane

"A Herança da Carne" / "Home From The Hill"

sexta-feira, 19 de maio de 2023

António Lopes Ribeiro - "O Pai Tirano"


António Lopes Ribeiro
"O Pai Tirano"
(Portugal - 1941) - (114 min. - P/B)
Vasco Santana, Francisco Ribeiro, Leonor Maia.

"O Pai Tirano" é uma famosa comédiarealizada por António Lopes Ribeiro sobre os amores de Chico (Francisco Ribeiro) um funcionário dos Grandes Armazéns do Grandella (que desapareceram com o incêndio do Chiado muitas décadas depois) , por uma empregada da Perfumaria da Moda, a bonita Tatão (Leonor Maia) e depois temos sempre essa peça intitulada "O Pai Tirano", que um grupo amador de Teatro anda a preparar para levar à cena num clube recreativo de bairro. Era assim o cinema português da década de quarenta do século passado em que as comédias estavam na ordem do dia.

Arthur Duarte - "O Grande Elias"


Arthur Duarte
"O Grande Elias"
(Portugal - 1950) - (118 min. - P/B)
António Silva, Milú, Francisco Ribeiro.

Uma família portuguesa em crise, sobrevive graças ao dinheiro que uma tia envia mensalmente do Brasil, onde vive há muito tempo. Um dia, a tia, que acredita que a sua família em Lisboa é igualmente rica, decide visitá-la e tudo se complica. Eram assim as comédias dirigidas por esse cineasta chamado Arthur Duarte, que tantos sorrisos criou nos rostos dos espectadores de diversas gerações.

Arthur Duarte - "A Menina da Rádio"


Arthur Duarte
"A Menina da Rádio"
(Portugal - 1944) - (106 min. - P/B)
Maria Matos, António Silva, Maria Eugénia.

Cipriano Lopes é o orgulhoso propriétário da Pastelaria Bijou. É um apaixonado pelo progresso e sonha em criar uma rádio para o seu bairro, tendo como vedeta a sua filha e como compositor o seu futuro genro, Óscar. Era assim o cinema português em plena Segunda Grande Guerra Mundial, com um actor fabuloso chamado António Silva.

Andrew Stanton - "À Proucura de Dory" / "Finding Dory"


Andrew Stanton
"À Proucura de Dory" / "Finding Dory"
(EUA - 2016) - (97 min./Cor)
Vozes. Ellen DeGeneres, Albert Brooks, Ed O'Neill.

Um ano após ajudar Marlin a reencontrar seu filho Nemo, Dory relembra sua amada família. Com saudades, decide reencontrá-los. Mas termina por reencontrar amigos bem seus conhecidos e termina a cair nas perigosas mãos dos humanos. Estamos perante uma das mais divertidas animações saídas dos Estúdios Pixar.

Jean-Marie Poiré - "Os Visitantes" / "Les Visiteurs"


Jean-Marie Poiré
"Os Visitantes" / "Les Visiteurs"
(França - 1993) - (107 min./Cor)
Christian Clavier, Jean Reno, Valerie Lemercier.

Um cavaleiro medieval e seu servo pedem a um mago conhecido para movê-los de volta no tempo para evitar a morte acidental do sogro. Em vez disso, eles voam para o século XX e as surpresas sucedem-se.

segunda-feira, 15 de maio de 2023

Peter Jackson - “A Irmandade do Anel” / “As Duas Torres” / “O Regresso do Rei”


Peter Jackson
“A Irmandade do Anel” / “The Fellowship of the Ring”
(Nova-Zelândia - 2001) - (178 min. / Cor)
Viggo Mortensen, Elijah Wood, Ian McKellen,
Orlando Bloom, John Rhys-Davies, Sean Austin,
Sean Bean, Christopher Lee, Liv Tyler,
Andy Serkins, Cate Blanchett.


Peter Jackson
“As Duas Torres” / “The Two Towers”
(Nova-Zelândia - 2002) - (179 min. / Cor)
Viggo Mortensen, Elijah Wood, Ian McKellen,
Orlando Bloom, John Rhys-Davies, Sean Austin,
Sean Bean, Christopher Lee, Liv Tyler,
Andy Serkins, Cate Blanchett.


Peter Jackson
“O Regresso do Rei” / “The Return of the King”
(Nova-Zelândia - 2003) - (201 min. / Cor)
Viggo Mortensen, Elijah Wood, Ian McKellen,
Orlando Bloom, John Rhys-Davies, Sean Austin,
Sean Bean, Christopher Lee, Liv Tyler,
Andy Serkins, Cate Blanchett.


"Três anéis para os Reis Elfos debaixo do Céu, /
Sete para os Senhores dos Anões nos seus palácios de pedra,/
Nove para os Homens Mortais condenados a morrer, /
Um para o Senhor das Trevas no seu negro trono /
Na Terra e Mordor onde moram as Sombras. /
Um anel para a todos dominar, um anel para os encontrar, /
Um anel para a todos prender e nas trevas os reter /
Na Terra de Mordor onde moram as Sombras."

Este podia bem ser, de alguma forma, o resumo de toda a saga de "O Senhor dos Anéis"/ "The Lord of the Rings".


Nascida da imaginação de J R R Tolkien, esta é uma saga que à partida, para quem a leu, parecia intransponível para o grande écran, dada a sua enorme complexidade.

Muitos o tentaram, mas coube finalmente a Peter Jackson, cineasta quase desconhecido do grande público na altura em que os realizou, esta monumental tarefa. Recorde-se que o seu nome começou a surgir na área do filme de terror com esse gore-movie intitulado "Braindead"/ “Morte Cerebral” e depois começou a dar nas vistas com essa história de amizade e amor entre duas adolescentes intitulada "Heavenly Creatures" / “Amizade Sem Limites”, onde já brilhava Kate Winslet, ainda a dar os primeiros passos de uma carreira cheia de talento.


Durante mais de três anos, na Nova Zelândia, viveram actores, realizador e toda a equipa necessária para levarem adiante este projecto, embora o mercado local também estivesse na base de muito daquilo que foi feito. Esta enorme duração, comparada com a realização de outros filmes, deve-se ao facto de terem optado por realizar os três episódios de seguida, talvez também para garantir alguma coerência em tudo o que foi feito. A grande maioria dos locais de filmagens foram escolhidos muito tempo antes destas começarem, tendo alguns deles sido seleccionados por dois artistas ilustradores, dedicados à obra de Tolkien.

Como já foi dito, esta é uma obra literária de J R R Tolkien (que tinha como principal ocupação o ser professor de línguas já desaparecidas), escritor que criou todo um mundo à parte, inclusivé com os seus próprios dialectos já que, entre outros, se "fala" élfico por estas histórias.


Escritos num período que abrange a Segunda Guerra Mundial, por muitos é entendido que este "Senhor dos Anéis" / “Lord of the Rings” reflecte um pouco do conflito que se vivia pelo mundo inteiro nessa altura e também consta que os estudiosos da sua obra reconhecem por aqui preocupações ecológicas (ver episódio das árvores na velhíssima floresta de Fangorn).

Ele cria assim um mundo em que convivem as mais diversas raças, cada uma delas com uma forma diferente de encarar a vida e o mundo. Se por um lado temos os "aparentemente" despreocupados hobbits, com Frodo (Elijah Wood), Sam (Sean Astin), Merry (Dominic Menaghan) e Pippin (Billy Boyd), por outro encontramos os homens dos quais Aragorn (Viggo Mortensen) e Boromir (Sean Bean) são os seus representantes na Irmandade, bem como anões, elfos, orcs, magos, etc.


Tudo começa com a festa de anos do tio de Frodo, Bilbo Baggins (Ian Holm). Embora faça cento e muitos anos, no mesmo dia do seu sobrinho, ninguém sabe que o seu ar jovial se deve ao facto de em tempos idos ter "surripiado" o anel a Gollum (Andy Serkins) (1), algures numa das suas anteriores aventuras (ler "O Hobbit" do mesmo autor). Gandalf (Ian McKellen), o mago, grande amigo dos hobitts em geral e de Frodo e Bilbo em especial, é o único a saber que a jovialidade de Bilbo tem a ver com a magia, neste caso concreto, com o poder que o Anel Um tem de manter os seus detentores vivos, enquanto se apodera da sua mente, dominando-os.

É Gandalf que convence Bilbo a separar-se do anel e durante a sua festa de aniversário, este desaparece (um dos poderes do anel é tornar o seu detentor invisível, ao colocá-lo no dedo), deixando o anel a Frodo. Ao ser determinado que este é o Anel Um, "que a todos domina", Gandalf convence Frodo que é necessário destruí-lo e assim começam as aventuras deste pequeno hobbit que, à partida, vai ter a companhia de Sam, o seu jardineiro e amigo.


Quando estão os dois prestes a abandonar o Shire, terra dos hobbits, aparecem os seus amigos Merry e Pippin. O destino dos quatro será uma estalagem onde Frodo combinou encontrar-se com Gandalf, sem saber que este corria grandes perigos, ao tentar investigar a forma de destruir o Anel.

Começa aqui a perseguição a Frodo e aos seus companheiros por parte dos Cavaleiros Negros, já que estes conseguiram descobrir, através de Gollum, que o Anel Um estaria no Shire, com hobbits.


Aparece então a figura do "Strider"/Caminhante (Viggo Mortensen), que os passa a acompanhar até estes conseguirem, após muito custo, alcançar o local onde está Gandalf. Entra-se assim no reino dos Elfos, onde se efectua uma reunião para determinar o que fazer ao Anel, chegando-se à conclusão que a sua destruição é absolutamente necessária, podendo unicamente ser feita na Montanha da Perdição, dentro do reino maléfico de Mordor, onde o olho do malvado Sauron tudo vê, sendo necessário alguém para o transportar.

Frodo oferece-se para essa árdua tarefa e aí se estabelece então a tão falada Irmandade do Anel, composta por quatro hobbits (Frodo, Sam, Merry e Pippin), dois homens (Aragorn/Caminhante e Boromir), o anão Gimli (John Rhys-Davis) (2), o elfo Legolas (Orlando Bloom) e Gandalf, o mago.


De notar que lutas passadas fazem com que anões e elfos sejam naturalmente desconfiados entre si, fazendo com que as cenas entre Legolas e Gimli tenham alguma graça de início e se note como o argumento transparece o descrito no livro, já que a convivência entre os dois faz com que estabeleçam, bem como com todos os outros, uma belíssima amizade.

Desta estadia no reino dos elfos descobre-se a história de amor vivida por Aragorn e Arwen (Liv Tyler), a qual contra a vontade do seu pai Elrond (Hugo Weaving, o famoso Mr. Smith de "Matrix"), opta por uma vida terrena, ao lado do seu amor.


Muitas são as aventuras por que vão passar os nove, a partir desta reunião!

O facto de um dos caminhos de montanha estar impedido, faz com que passem por um dos muitos reinos subterrâneos dos anões: Moria. Os diversos perigos que se escondem nas profundezas fazem com que a irmandade se separe uma primeira vez, já que para salvar os restantes oito, Gandalf se sacrifica.

A partir daqui e após muitas privações, deixará de ser Gandalf o Cinzento, para passar a ser Gandalf o Branco.


Após Moria, a floresta de que Galadriel (Cate Blanchet, perfeitamente etérea) é senhora e rainha, será a próxima paragem, onde lhes são dados elementos preciosos para a atribulada estrada que se lhes apresenta pela frente.

Boromir, um dos representantes dos homens, sente-se tentado pelo anel e essa tentação vai precipitar a sua morte, a fuga de Frodo e Sam e a captura por orcs de Merry e Pippin.

O primeiro episódio/filme termina com estes acontecimentos.


No segundo e terceiros episódios e para não alongar mais a história vão-se suceder aventuras e desventuras, batalhas entre homens, elfos, orcs e hostes de Saruman (um fabuloso Christopher Lee, quem se lembra dele nos filmes de terror da Hammer, "envergando o fato" do Conde Drácula, que tantas plateias fez arrepiar) e Sauron. Duas dessas batalhas são determinantes nos livros: a de Elm's Deep, para salvar o reino de Gondor e a de Minas Tirith, a cidade branca, da qual Aragorn é o herdeiro natural.

Uma última grande batalha será a decisiva, já que homens e elfos optam por atacar Sauron, às portas de Mordor, para tentar uma manobra de distracção que permita a Frodo destruir o Anel na Montanha da Perdição.


Frodo, após longa e penosa caminhada, com Sam e Gollum (que se junta aos dois pequenos hobbits para tentar por todos os meios roubar este Anel, que em tempos já foi seu) e quando chega à beira do abismo para destruir o anel, tem a reacção que todos os antecessores portadores deste anel tiveram, ou seja, não o quer destruir e sim ficar com ele. É a intervenção inesperada de Gollum que faz com que tudo se resolva e o mundo inteiro possa respirar de alívio ao sentir afastar-se a nuvem negra que começava a rodeá-lo.

Estes três filmes de Peter Jackson conseguem ser das melhores adaptações literárias ao cinema que já presenciámos. Recorde-se que Tolkien escreveu a obra como livro único, tendo sido o seu editor a solicitar a divisão da obra em três livros, o autor não gostou muito da ideia, mas terminou por seguir a sugestão do editor. Embora haja episódios dos livros que aqui não estão retratados, de que é exemplo a estadia com Tom Bombadill, percebe-se que tiveram que optar por manter uma linha condutora forte e minimizar os episódios adicionais que encontramos no livro. Quem leu os livros sabe do que falo.


Para quem gosta do fantástico, são com certeza livros para ler e reler, bem como filmes para rever, hoje em dia são muito poucos os que desconhecem a saga de "O Senhor dos Anéis" ( “Lord of the Ring”. Podemos pensar e bem que esta obra não foi escrita, decididamente, a pensar na adaptação cinematográfica, caso de muitos dos livros que lemos hoje em dia, mas que eles tiveram uma nova vida através da sua Sétima Arte é sem duvida alguma uma verdade indesmentível. Peter Jackson e o "O Senhor dos Anéis" / "The Lord of the Rings" como todos sabemos levaram os Oscars para casa, após a conclusão da saga, transformando a cerimónia desse ano numa edição em que o Vencedor era antecipadamente conhecido e perfeito merecedor das estatuetas.


Nota 1: Convém aqui recordar que esse mago da animação chamado Ralph Bakshi responsável por esse "cult-movie" da contra-cultura intitulado "Fritz the Cat" / "Fritz o Gato", adaptou e realizou para o cinema de animação "The Lord of The Rings", que na época, em Portugal, foi exibido no cinema S. Jorge (1978), mantendo-se sempre fiel aos princípios da animação. "O Senhor dos Anéis" em cinema de animação foi produzido por Saul Zaentz, um nome incontornável na história do cinema. Recorde-se aqui que a voz de Aragon pertence ao actor britânico John Hurt.

Nota 2: Também aconselhamos a leitura do belissímo "Cartas do Pai Natal" que J R R Tolkien escreveu para os seus filhos.


(1) - Embora a personagem do Gollum seja feita através de computador, todos os seus gestos e expressões faciais foram criadas pelo actor Andy Serkins, num trabalho extraordinário.

(2) - Como todos sabemos o actor John Rhys-Davies possui uma estatura elevada, fazendo aqui de anão, outro desafio ganho por Peter Jackson.

Paula Nunes Lima

domingo, 14 de maio de 2023

Michael Anderson - "Orca - A Fúria dos Mares" / "Orca - The Killer Whale!"


Michael Anderson
"Orca - A Fúria dos Mares" / "Orca - The Killer Whale!"
(EUA/Holanda/Itália/Canada - 1977)
Richard Harris, Charlotte Rampling, Will Sampson, Bo Derek.

sexta-feira, 12 de maio de 2023

Rupert Goold - "Judy" / "Judy"


Rupert Goold
"Judy" / "Judy"
(Grã-Bretanha/França/EUA - 2019)
Renée Zellweger, Jessie Buckley, Finn Wittock, Michael Gambon.


Uma viagem pelos últimos anos da vida de Judy Garland e os seus espectáculos em Londres.

Renée Zellweger & Judy Garland

Um película realizada com acerto por Rupert Goold e uma interpretação memorável de Renée Zellweger que lhe permitiu conquistar o Oscar da Melhor Interpretação Feminina, bem merecido!

Rui Luís Lima

Peter Landesman - "Mark Felt - O Homem Que Derrubou a Casa Branca" / "Mark Felt - The Man Who Brought Down The White House"


Peter Landesman
"Mark Felt - O Homem Que Derrubou a Casa Branca" / "Mark Felt - The Man Who Brought Down The White House"
(EUA - 2017) - (103 min./Cor)
Liam Neeson, Diane Lane, Martin Csokas.


Mark Felt era o número dois do FBI quando rebentou o célebre escândalo "Watergate", que iria levar à resignação do Presidente Richard Nixon.Mark Felt foi também o célebre "garganta funda", o informador dos jornalistas do Washington Post, que revelaram ao mundo o que tinha acontecido.


Este filme de Peter Landesman conta-nos o que se passou. Recorde-se que só em 2003 foi divulgada a identidade do informador.

Mark Felt & Liam Neeson

Se gostam de cinema, fixem o nome de Peter Landesman, jornalista, argumentista e cineasta e sigam-lhe o percurso cinematográfico.

Rui Luís Lima

Fatih Akin - “Uma Mulher Não Chora” / “Aus dem Nichts”


Fatih Akin
“Uma Mulher Não Chora” / “Aus dem Nichts”
(Alemanha / França – 2017) – (106 min./Cor)
Diane Kruger, Numan Acar, Denis Moschitto.


Diane Kruger oferece-nos, neste filme, uma interpretação de cortar a respiração, tendo conquistado o Prémio de Melhor Actriz no Festival de Cannes, já o filme de Fatih Akin conquistou o Globo de Ouro para o Melhor Filme Estrangeiro.


Recorde-se que “Uma Mulher Não Chora” conta-nos a história de uma mulher que vê o seu marido e filho a serem vítimas de um atentado, simplesmente devido às suas origens, demonstrando a justiça alemã a sua incapacidade para condenar os culpados.


“Uma Mulher não Chora” / “Aus dem Nichts” relata-nos a sua luta em busca de justiça.

Rui Luís Lima

Michael Curtiz - “Os Comancheros” / “The Comancheros”


Michael Curtiz
“Os Comancheros” / “The Comancheros”
(EUA – 1961) – (107 min./Cor)
John Wayne, Stuart Whitman, Ina Balin.

O conhecido cineasta Michael Curtiz despede-se do cinema com este belo “western”, em que mais uma vez temos John Wayne na figura de um Texas Ranger que persegue um jogador chamado Paul Regret (Stuart Whitman), que matou o filho de um Juiz num duelo, segundo as regras, mas que a lei pretende condenar à forca, para pôr um fim aos duelos e por outro lado porque o poder dos Juízes se encontra acima da própria justiça.


Mas o Texas, nessa época, era ainda uma República independente que ainda não tinha aderido à União e a lei termina por ser contornada pelo bom senso dos homens. Mas “Comancheros” é muito mais, porque pelo meio surge o tráfego de armas, onde um grupo de homens chefiado por um “patriarca” domina, utilizando as riquezas do território conquistado e usando os índios como força de combate, instituindo as suas próprias leis, entre a população que ali vive (onde já vimos isto no século XXI, com outros protagonistas?).


Só para terminar e para além de recomendarmos este belo “western”, em que não falta o romance através da bela Pilar Graile (Ina Balin, que infelizmente nos deixou demasiado cedo), convém referir que o próprio John Wayne deu “uma mãozinha” na direcção de “Comancheros”, fruto da sua experiência na realização do filme “Àlamo”, ocorrido no ano anterior, em que o próprio John Ford lhe foi dar uns conselhos irrecusáveis.

Rui Luís Lima

John Lee Hancock - “Ao Encontro de Mr. Banks” / “Saving Mr. Banks”


John Lee Hancock
“Ao Encontro de Mr. Banks” / “Saving Mr. Banks”
(EUA/Grã-Bretanha/Austrália – 2013) – (125 min./Cor)
Emma Thompson, Tom Hanks, Anne Rose Buckley.

Dois “pesos pesados” da interpretação oferecem corpo e rosto a duas personagens bem nossas conhecidas: Emma Thompson é P.L. Travers a autora de Mary Poppins e Tom Hanks é Walt Disney!


“Ao Encontro de Mr. Banks” / “Saving Mr. Banks” revela-nos a enorme arte destes dois actores, graças a um argumento inteligente e a uma realização de John Lee Hancock, que corresponde ao pretendido.

Rui Luís Lima

Toa Fraser - "6 Dias" / "6 Days"


Toa Fraser
"6 Dias" / "6 Days"
(Nova Zelândia / Grã-Bretanha - 2017) - (94 min./Cor)
Jamie Bell, Mark Strong, Abbie Cornish.

Em Abril de 1980 os funcionários da embaixada do Irão, em Londres, foram sequestrados por um comando árabe e serão esses 6 dias que são aqui retratados de forma perfeita, tanto no aspecto da libertação dos reféns, como na forma como uma jornalista da BBC, que se irá tornar célebre, abordou a situação em directo.


A inexperiência de ambos os lados é patente, o líder do comando trata o negociador por Mr. Max e este não quer mortos de nenhum dos lados, já as forças especiais irão perceber como a realidade nunca corresponde aos planos traçados.


"6 Dias" / "6 Days" possui uma realização eficaz e excelentes interpretações e oferece-nos um retrato fiel da época.

Rui Luís Lima

David Koepp - “Encomenda Armadilhada” / “Premium Rush”


David Koepp
“Encomenda Armadilhada” / “Premium Rush”
(EUA – 2012) – (91 min./Cor)
Joseph Gordon-Levitt, Michael Shannon, Dania Ramirez.

David Koepp pertence a essa nova categoria de argumentistas/realizadores, que começou a nascer em Hollywood, nos últimos anos e este “Encomenda Armadilhada” / “Premium Rush”, não pretende enganar ninguém, pois trata-se de um simples filme de acção, feito com honestidade e onde iremos perceber porque razão Oliver Stone escolheu o actor Joseph Gordon-Levitt para o seu filme “Snowden”!


Por acaso recordam-se da série de comédia "O Terceiro Calhau a Contar do Sol" / "3rd Rock From The Sun" e do pequeno Tommy Solomon, que era o extraterrestre mais adulto da família?

Rui Luís Lima