segunda-feira, 31 de julho de 2023

Lawrence Durrell - "Quinx ou A História do Estripador" / "Quinx or The Ripper's Tale"


Lawrence Durrell
"Quinx ou A História do Estripador" / "Quinx or The Ripper's Tale"
(Quinteto de Avignon 5)
Páginas: 160
Difel

Um dos temas que mais fascinou Lawrence Durrell foi a história do célebre tesouro dos Templários, sempre tão cobiçado por essas forças negras que o desejavam encontrar para obterem o poder que pensavam emanar dele.

Porque razão esses Cavaleiros da Cruz se renderam, sem resistência e foram subjugados, torturados e mortos sem exprimir uma palavra, permanece como um dos grandes enigmas da Idade Média e que mais uma vez atravessa as páginas deste livro ao mesmo tempo que reencontramos neste volume final diversas personagens bem conhecidas deste “Quinteto de Avignon”, a começar pelo escritor e o seu duplo. Uma genial obra literária!

Rui Luís Lima

Lawrence Durrell
(1912 - 1990)

«O sol dormitava no meio das rochas e algures um rouxinol monologava. Blanford tinha feito um gesto que exprimia adequadamente o seu sentimento de que isto iria ser um novo princípio na sua vida. Ele tinha deitado fora todas as suas notas para o novo livro, sacudindo a pasta da janela do comboio e vendo as folhas espalharem-se e afastarem-se ao sabor do vento pelo vale do Ródano abaixo. Como uma árvore despojando-se nas suas pétalas – bocados de todas as cores e tamanhos. Ele tinha decidido nessa noite que se voltasse alguma vez a escrever seria sem premeditação, sem notas e palnos, mas tão espontaneamente como uma cigarra canta ao sol de Verão.»

Lawrence Durrell
In “Quinx ou A História do Estripador”
(Tradução de Daniel Gonçalves)

Lawrence Durrell - "Sebastian ou Paixões Dominantes" / "Sebastian or Ruling Passions"


Lawrence Durrell
"Sebastian ou Paixões Dominantes" / "Sebastian or Ruling Passions"
(Quinteto de Avignon 4)
Páginas: 180
Difel

O Egipto regressa como paisagem deste quarto volume de "O Quinteto de Avignon", mantendo assim a ponte com o célebre "Quarteto de Alexandria". A genialidade de Lawrence Durrell atravessa as paixões dominantes.

Rui Luís Lima

Lawrence Durrell
(1912 - 1990)

«Quanto a Constance, ela tinha seguido por fim o conselho de Schwarz e partira para o pequeno chalé do lago onde costumavam passar os fins-de-semana livres. A casa elevava-se num jardim submerso e fora construída por cima do alpendre para os barcos que continha a preciosa lancha a motor de Schwarz, a que ele pusera o nome de Freud. Havia ainda um pequeno esquife que eles usavam quando desejavam tomar banhos de sol no lago ou visitar o auberge local para almoçar ou jantar. Era um cantinho delicioso e não havia telefone – um facto que acentuava a sua qualidade de isolamento e sossego. Tão ideal para o trabalho como para o descanso, portanto.»

Lawrence Durrell
In “Sebastian ou Paixões Dominantes”
(Tradução de Daniel Gonçalves)

Lawrence Durrel - "Constance ou Práticas Solitárias" / "Constance or Solitary Practices"


Lawrence Durrel
"Constance ou Práticas Solitárias" / "Constance or Solitary Practices"
(Quinteto de Avignon 3)
Páginas: 410
Difel

Um cinéfilo que se preze já viu no cinema essas multidões em fúria que gostam de fazer “justiça” pelas suas próprias mãos, tantas vezes condenando à morte inocentes ou falsos culpados, aliás basta recordar filmes como “Fury” / “Fúria” de Fritz Lang e pensarmos no destino marcado de Joe (Spencer Traçy) ou o Manny Balestrero (Henry Fonda) de “O Falso Culpado” / “The Wrong Man” de Alfred Hitchcock para ficar tudo dito.

Tanto no "western" como no "film noir" esta temática pode ser classificada de sub-género, mas na Literatura foi Lawrence Durrell, que ao nos narrar a história de Nancy Quiminal leva-nos a conhecer, o instinto animal mais primário do ser humano, com uma escrita de tal maneira visual, que até sentimos o frio da noite e a barbárie a desenrolar-se perante o nosso olhar impotente de leitor.


Ao lermos este terceiro volume ficamos de tal maneira envolvidos com os personagens que, por vezes, nos encontramos a viver as suas próprias vidas, acompanhando de forma entusiasmante as palavras do escritor, desejando o melhor dos mundos para essa personagem chamada Nancy que nos cativa os sentidos e terminamos por descobrir que o seu destino, que foi traçado pelo seu criador, se irá revelar bem trágico.

Ah! Como gostaríamos de mudar o sentido das palavras!

Mas imaginemos que isso seria possível, o que farias tu, leitor?

Eu, que me encontro aqui a “teclar”, iria transformar a morte de Nancy num sonho ou, melhor, num pesadelo nascido nessa noite em que adormeceu mais uma vez cheia de fome, e assim impediria que a populaça incitada pelo ódio irracional, atiçada e manipulada por mentes retrógradas e mesquinhas a matasse, como sucede no final do terceiro volume de "O Quinteto de Avingnon".

"Constance ou Práticas Solitárias" / "Constance or Solitary Practices" de Lawrence Durretll é de tal forma intenso que quase não nos deixa dormir.

Rui Luís Lima

Lawrence Durrell - "Lívia ou O Enterrado Vivo" / "Livia or Burried Alive"


Lawrence Durrell
"Lívia ou O Enterrado Vivo" / "Livia or Burried Alive"
(Quinteto de Avignon 2)
Páginas: 260
Difel

Em "O Quinteto de Avignon" iremos redescobrir algumas personagens dos anteriores romances de Lawrence Durrell, conduzindo-nos não só até ao célebre "Quarteto de Alexandria", como ao não menos famoso "Livro Negro de Lawrence Durrell".

"Livia ou o Enterrado Vivo" foi o segundo capítulo/livro desta aventura denominada "Quinteto de Avignon" e recordo-me bem da ansiedade com que aguardava nessa época a sua publicação no nosso país!

Rui Luís Lima


Lawrence Durrell
(1912 - 1990)


Enterrado Vivo

Para Lívia

Um poema a encher-se de água
Uma mulher atravessando-o a nadar
Julgando-o um lago,
As palavras servem para tão pouco,
A água arrastou-as
Frágeis como a ponta-seca do único beijo,
Purificando o amor de uma nadadora.

Pendura um calendário de pataco na lua
E desce ciclicamente as estradas da carência,
A boneca não trará nada debaixo do vestido;
com uma indolência quase divinal
Tu ficas a olhar, ele fica a olhar.

Quando ela sorri as rugas em torno dos olhos
Ajustam-se às marcas reais do tigre,
À linhas reais da nobre conduta.

Virtuosa e secreta senhora, que
Os desgostos do tempo para sempre revisitam,
Ano após ano no mesmo recanto gelado
Com velas a cismar ou asfódelos erectos,
Conserva-te em espírito perto de nós.
Estes amores de Inverno não desiludirão,
Não são maquinados de Verão nem por parentes
E regalam os olhos ocultos debaixo da pele.

Lawrence Durrell
in" Lívia ou O Enterrado Vivo"
(Tradução de Daniel Gonçalves)

Lawrence Durrell - "Monsieur ou o Príncipe das Trevas" / "Monsieur or The Prince of Darkness"


Lawrence Durrell
"Monsieur ou o Príncipe das Trevas" / "Monsieur or The Prince of Darkness"
(Quinteto de Avignon 1)
Páginas: 230
Difel

Após "O Quarteto de Alexandria" Lawrence Durrell tornou-se num dos maiores nomes da Literatura do século XX e depois de diversos romances de uma extraordinária beleza, alguns pensaram que seria difícil ele voltar a atingir o Olimpo dos Deuses, mas eis que com o primeiro volume de "O Quinteto de Avignon" ele deu o passo nesse sentido e viria a vencer em toda a linha, ao escrever outro dos maiores Monumentos Literários do século XX. "Monsieur ou o Príncipe das Trevas", guarda uma surpresa para o leitor que será revelada na(s) última(s) página(s) e só um génio se poderia lembrar de conduzir um romance por esse território literário que nos desvenda o universo do criador. Já perdi a conta às vezes que li este volume para ser surpreendido no final!

Rui Luís Lima

Lawrence Durrell
(1912 - 1990)

«O comboio de Paris que se dirigia para o sul era o que sempre tínhamos tomado desde tempos imemoriais – o mesmo longo comboio ronceiro desfiando as suas luzes azuladas através de paisagens crepusculares como qualquer superpirilampo. Chegava à Provença ao amanhecer, muitas vezes no meio dum luar malhado que listrava os campos como uma pele de tigre. Como eu me lembrava bem, como ele se lembrava bem! O Bruce que eu era, e o Bruce em que me tornei enquanto vou escrevendo estas notas, um pouco todos os dias. Um comboio sujeito a inesperadas paragens, a inexplicáveis atrasos; capaz de estacionar em qualquer lugar, mesmo num descampado, e ficar ali, perdido em pensamentos, durante horas. Como as espirais e os redemoinhos da memória, pensamentos torvelinhando em torno da palavra “suicídio” por exemplo, como girinos assustados. Nunca chegou, nunca chegará, à hora, o nosso comboio.»

Lawrence Durrell
“Monsieur ou o Príncipe das Trevas”
(Tradução de Daniel Gonçalves)

domingo, 30 de julho de 2023

"Calvin & Hobbes" - Bill Watterson


"Calvin & Hobbes"
Arte: Bill Watterson
Argumento: Bill Watterson
Páginas: 128
Gradiva

Foi nas páginas do jornal "Público" que muitos descobriram as aventuras de "Calvin & Hobbes" saídas da imaginação e traço de Bill Watterson e em boa altura a editora Gradiva decidiu publicar os livros, para agrado de miúdos e graúdos.

Rui Luís Lima

John Denver & The Muppets - "A Christmas Together"


John Denver & The Muppets
"A Christmas Together"
RCA Victor
1979

Jorge Luis Borges - "Os Conjurados"


Jorge Luis Borges
"Os Conjurados"
Páginas: 101
Difel

Por aqui passam um conjunto de meia-centena de belos textos escritos no ano de 1985 e dedicados a Maria Kodama pelo grande escritor argentino.

Rui Luís Lima

“Hair” - The Original London Cast


“Hair”
The Original London Cast
Reader's Digest (caixa "Golden Hit Parade")
1976

Depois de se ver o filme realizado por Milos Forman é inevitável escutar atentamente a banda sonora de "Hair", que decididamente marcou uma época.

Rui Luís Lima

Procol Harum - "Procol Harum"


Procol Harum
"Procol Harum"
Deram
1967

O álbum de estreia dos Procol Harum, estávamos no ano de 1967 e o tema "Conquistador" entrava nos Tops.

Kevin Spacey - "Beyond The Sea"


Kevin Spacey
"Beyond The Sea"
Original Motion Picture
Rhino Records
2004

Calvin & Hobbes - "Plácidos Domingos" - Bill Watterson


Calvin & Hobbes
"Plácidos Domingos"
Autor: Bill Watterson
Páginas: 128
Gradiva

Após o enorme sucesso da série criada por Bill Watterson ao ser publicada nas páginas do jornal "Público" a editora Gradiva iniciou a publicação da série de banda desenhada em álbum.

Rui Luís Lima

Banda Sonora Original - "Os Melhores Hits"


Banda Sonora Original
"Os Melhores Hits"
24 êxitos de cinema em versão original
MCA Records
1992

James Horner- "An American Tail"





James Horner
"An American Tail"
(Music From The Motion Picture Sounstrack)
MCA Records
1986

Bob Dylan - "Bob Dylan"


Bob Dylan
"Bob Dylan"
Columbia
1962

Álbum de estreia de Bob Dylan com a sua poesia a ser acompanhada de uma guitarra e harmónica, assim o ano de 1962 via nascer uma das mais importantes vozes da folk norte-americana.

Mafalda - "Deixem a Mafalda voar!" - Quino


Mafalda
"Deixem a Mafalda voar!"
Quino
Dom Quixote

Jethro Tull - "This Was"


Jethro Tull
"This Was"
Island
1968

Em Outubro de 1968 as discotecas receberam o álbum "This Was" que marcava a estreia dos Jethro Tull com um som único, tendo em conta o instrumento toado pelo seu vocalista Ian Anderson ou seja a flauta, numa banda que nos trazia diversas cambiantes musicais no interior do rock que então surgia, com imensas influências, incluindo os célebres blues que animavam uma geração do outro lado do Atlântico. E desde esse ano muitos começaram a fixar o nome da banda Jethro Tull, não só pela música bem original, assim como os concertos estravagantes que ofereciam ao público, para já não falar na forma como surgiam vestidos em palco. Tinha nascido um dos mais importantes e originais grupos do denominado "progressive rock"! Mas o melhor ainda estava para vir!

Gentle Giant - "Gentle Giant"


Gentle Giant
"Gentle Giant"
Vertigo Records
1970


Em 1970 os três irmãos Shulman e nais dois amigos formaram os Gentle Giant, uma das mais originais bandas de rock progressivo que teve sempre como símbolo o rosto do bom gigante que surge na capa do álbum, de capa dupla que ao abrir-se nos apresenta os membros da banda que traz nas palamas das mãos, uma verdadeira obra de arte, tal como a múaica que será criada ao longo dos anos, navegando pelas mais diversas áreas mas mantendo uma sonoridade tão caracteristica que ao fim de alguns segundos qualquer fan identifica de imediato os fabuloso Gentle Giant!

Genesis - "From Genesis To Revelation"


Genesis
"From Genesis To Revelation"
Decca
1969

Os Genesis que criaram o álbum"From Genesis To Revelation" são :
Peter Gabriel - voz
John Silver - bateria
Michael Rutherford - baixo
Anthony Phillips - guitarra
Anthony Banks - teclados


"From Genesis To Revelation" é o primeiro álbum dos Genesis, com Peter Gabriel já a destacar-se e permanece como o álbum mais desconhecido desta banda incontornável do rock progressivo e mesmo quando foi editado o cd, poucos deram por ele, para além de se encontrar também nessa célebre box de 4 cds que tem o "The Lamb Lies Dowm on Broadway" tocado ao vivo. Estávamos no ano de 1969 e o denominado rock progressivo que viria a dominar o mercado discográfico da primeira metade dos anos 70 a par do Hard Rock estava a nascer.

Rui Luís Lima

sábado, 29 de julho de 2023

Judy Collins - "A Maid of Constant Sorrow"


Judy Collins
"A Maid of Constant Sorrow"
Elektra
1961

"A Maid of Constant Sorrow" foi o álbum de estreia de Judy Collins, uma voz única no interior da música folk e que foi celebrizada por Stephen Stills na canção "Judy Blue Eyes". Judy Collins e a sua guitarra tem a companhia de Erik Darling no banjo e Fred Hellerman na guitarra. Estamos perante um fabuloso álbum de estreia, recorde-se que Joan Baez tinha-se estreado no ano anterior e ambas irão fazer diversos concertos juntas ao longo dos anos.

Calvin & Hobbes - "Progresso Científico... Uma Treta" - Bill Watterson


Calvin & Hobbes
"Progresso Científico... Uma Treta"
Bill Watterson
Páginas: 128
Gradiva

As loucas aventuras do pequeno Calvin e do seu amigo imaginário Hobbes, que tantas tropolias fazem para desespero dos seus progenitores, revelam que o seu criador Bill Waterson possui uma arca inesgotável de saber de como construir simples tiras diárias e páginas dominicais de forma a evitar a repetição dos gags, mantendo o sorriso no rosto dos seus leitores.

Calvin & Hobbes - "Progresso Científico... Uma Treta" de Bill Watterson é a prova disso mesmo.

Camel - "Camel"


Camel
"Camel"
MCA Records
1973

A banda de rock progressivo surgiu em 1971, mas só em 1973 grava o seu primeiro álbum intitulado simplesmente "Camel", tal como outras bandas da época criaram um som próprio, que era imediatamente identificado pelo ouvinte, tendo os seus álbuns a curiosidade de incluitrem sempre temas totalmente instrumentais. Quanto ao seu símbolo, o célebre Camel virá a fazer história na música, embora ele fosse bastante célebre como marca de tabaco e não só.

Dilbert & Dogbert - "Como Vencer na Vida Roubando Material de Escritório" - Scott Adams


Dilbert & Dogbert
"Como Vencer na Vida Roubando Material de Escritório"
Scott Adams
Páginas: 118
Editorial Notícias

A divertida banda desenhada saída da imaginação de Scott Adams, que nos oferece os atribulados esquemas, tão politicamente incorrectos, da dupla Dilbert & Dogbert cujo sucesso se tem revelado uma surpresa e cujos álbuns tem tido edição no nosso país.

Pier Paolo Pasolini - “Poemas” / “Poesie”


Pier Paolo Pasolini
“Poemas” / “Poesie”
Assírio & Alvim
Páginas: 505

São cerca de cinco centenas de páginas repletas da arte poética de Pasolini, com a inevitável carga ideológica, que muitas vezes acompanha os seus escritos, mas que complementa o seu pensamento e a forma como sempre interveio socialmente.

Rui Luís Lima

sexta-feira, 28 de julho de 2023

Dilbert & Dogbert - "Como Enganar o Chefe"


Dilbert & Dogbert
"Como Enganar o Chefe"
Autor: Scott Adams
Páginas: 226
Editorial Notícias

As aventuras de "Dilbert & Dogbert" surgiram pela primeira vez a 16 de Abril de 1989 e o seu criador/autor, Scott Adams era economista na "Pacific Bell", portanto sabe do que fala e a sua imaginação prodigiosa oferece-nos um humor corrosivo. Recorde-se que entretanto "Dilbert & Dogbert" deram também origem a sua série de animação.

Rui Luís Lima

Cat Stevens - "New Masters"


Cat Stevens
"New Masters"
Deram
1967

Na segunda metade do século xx o universo musical assistia à chegada de jovens que tanto a solo como em grupo se lançavam na música mostrando a sua genialidade, tanto como compositores, como poetas ou instrumentistas e o Reino Unido viu nascer uma constelação de estrelas que tinham na sua ainda curta memória o sucesso dos quatro de Liverpool.

No ano de 1967 a editora Deram que já tinha lançado os The Moody Blues com enorme sucesso dá a oportunidade a um jovem chamado Cat Stevens que decidiu baptizar o seu álbum de estreia de "New Masters" e o que se seguiu depois, todos sabemos: ele deixou crescer a barba, fez um enorme sucesso no universo musical e décadas depois mudou de religião e até de nome passando a chamar-se Yusuf.

Mas para os amantes da sua máusica ele continua a ser Cat Stevens!

Escutem este seu álbum de estreia e tenham muita atênção às letras das suas canções!

Art Lande/Jan Garbarek - “Red Lanta”


Art Lande/Jan Garbarek
“Red Lanta”
ECM 1038
ECM Records
1974

Art Lande – Piano.
Jan Garbarek – Flutes, Soprano Saxophone, Bass Saxophone.

1 – Quintennaissance – 5:35
2 – Velvet – 5:37
3 – Waltz For A – 3:43
4 – Awakening – Midweek – 11:00
5 – Verdulac – 7:07
6 – Miss Fortune – 5:06
7 – Medley: Open Return – Cancion Del Momento – 5:44
8 – Meanwhile – 4:19
9 – Cherifen Dream of Renate – 2:07

O pianista e compositor norte-americano Art Lande ficou conhecido como líder do grupo Rubisa Patrol, mas antes desta banda de jazz surgir a oferecer-nos uma música onde as raízes da música popular se encontravam bem inseridas, iria gravar o álbum “Red Lanta” com Jan Garbarek, nesse ano de 1973 em que ambos começavam a dar nas vistas no novo panorama do jazz europeu.

Art Lande / Jan Garbarek

Art Lande neste trabalho discográfico surge a tocar no seu instrumento de eleição, o célebre piano, recorde-se que ele é multi-instrumentista, já o saxofonista Jan Garbarek, em mais de metade deste álbum, apenas toca flauta, criando nestes belos duetos um clima pastoral, que nos convida a percorrer a paisagem musical que nos é oferecida, de forma contemplativa, revelando-se este “Red Lanta” um trabalho discográfico que bem merece ser redescoberto, assinado pela dupla Art Lande e Jan Garbarek.

Gravado nos dias 19 e 20 de Novembro no Arne Bendiksen Studio, Oslo, por Jan Erik Kongshaug. Produzido por Manfred Eicher. Fotografia da capa do álbum e Design de Frieder Grindler. Todas as composições são da autoria de Art Lande.

Rui Luís Lima

quinta-feira, 27 de julho de 2023

The Soft Machine - "The Soft Machine"


The Soft Machine
"The Soft Machine"
ABC Probe
1968

Estamos em 1968 e mais uma vez nas ilhas britânicas surge um grupo cuja música irá derrubar muros e barreiras entre géneros, com o seu psychedelic rock a navegar pelo interior do ainda pouco conhecido jazz rock. Os seus membros são:

- Kevin Ayers - lead guitar, bass, vocals.

- Mike Ratledge - organ.

- Robert Wyatt - drums, vocal.

Jan Garbarek / Bobo Stenson Quartet - “Witchi-Tai-To”


Jan Garbarek / Bobo Stenson Quartet
“Witchi-Tai-To”
ECM 1041
ECM Records
1974

Jan Garbarek – Tenor Saxophone, Soprano Saxophone.
Bobo Stenson – Piano.
Palle Danielsson – Double-Bass.
Jon Christensen – Drums.

1 – A.I.R. (Carla Bley) – 8:15
2 – Kukka (Palle Danielsson) – 4:32
3 – Hasta Siempre (Carlos Puebla) – 8:10
4 – Witchi-Tai-To (Jim Pepper) – 4:24
5 – Desireless (Don Chery) – 20:25

Jan Garbarek

Uma das grandes curiosidades deste álbum do quarteto liderado pelo saxofonista norueguês Jan Garbarek e pelo pianista sueco Bobo Stenson, reside no facto de nenhum deles assinar qualquer dos temas que são escutados em “Witchi-Tai-To” e apenas um dos cinco temas pertencer a um membro do quarteto, mais precisamente ao contrabaixista sueco Palle Danielsson, que compôs a faixa “Kukka”, verificando-se assim um desejo dos músicos de gravar um álbum dedicado a nomes por eles apreciados e que se revelam incontornáveis no universo do jazz, como sucede com Carla Bley, Jim Pepper e Don Cherry, enquanto o “Hasta Siempre” de Carlos Puebla é um tema bem acarinhado por Jan Garbarek ao longo da sua carreira musical, sendo um dos temas que geralmente toca nos seus concertos ao vivo. Estamos assim perante um trabalho discográfico que nos reserva agradáveis surpresas!

Gravado nos dias 27 e 28 de Novembro de 1973 no Arne Bendiksen Studio, Oslo, por Jan Erik Kongshaug. Fotografia da capa do álbum de Paul Haar. Design de B & B Wojirsch. Produção de Manfred Eicher.

Rui Luís Lima

quarta-feira, 26 de julho de 2023

Sandy Denny - "It's Sandy Denny"


Sandy Denny
"It's Sandy Denny"
Saga
1970

"It's Sandy Denny" é o álbum de estreia totalmente a solo dessa voz única da folk britância chamada Sandy Denny, que nos deixou demasiado cedo. Muito pouco conhecido e referido "It's Sandy Denny" bem merece ser redescoberto.

Van Der Graaf Generator -"The Aerosol Grey Machine"


Van Der Graaf Generator
"The Aerosol Grey Machine"
Mercury
1969

"The Aerosol Grey Machine" é o album de estreia do grupo de progressive rock Van Der Graaf Generator, liderado por Peter Hammill que virá a criar um som bem diferente e pessoal das outras bandas que navegavam na mesma área músical, uma das caracteristicas deste género musical.

Peter Hammill - vocals, acoustic guitar
Guy Evans - drums, percussion
Hugh Banton - piano, organ, percussion, vocals
Keith Ellis - bass, vocals
Jeff Peach - flute

domingo, 9 de julho de 2023

Karoly Makk - "Outra Forma de Amar" / "Egymásra nézve"


Karoly Makk
"Outra Forma de Amar" / "Egymásra nézve"
(Hungria - 1982) - (102 min. / Cor)
Jadwiga Jankovska-Cieslak, Grazyna Szapolowska, Jozef Kroner.

Nas décadas de 70/80 o cinema húngaro revelava-se o mais inteessante oriundo das cinematografias do Leste da Europa e esta película do veternano Karoly Makk (1925 - 2017), com 58 películas como realizador é a prova disso mesmo e recordo que quem viu este filme na época da sua estreia em Portugal nesse ano de 1984 nunca mais se esqueceu dele, especialmente pela fabulosa interpretação das duas protagonistas como a forma como Karoly Makk contornou a censura da época.



Recordo que esta película esteve nomeada para a Palma de Ouro de Cannes tendo a actriz Jadwiga Jankovska-Cieslak conquistado o Prémio da Melhor Interpretação Feminina em Cannes entre outros prémios conquistados em diversos Festivais de Cinema.

quinta-feira, 6 de julho de 2023

"João Tavares e o primitivo cinema português" - Fernando Duarte


"João Tavares e o primitivo cinema português"
Fernando Duarte
Páginas: 40
Cinemateca Portuguesa
Ano: 1983

Na época em que a Cinemateca Portuguesa teve como director Luís de Pina, nas sessões das quintas-feiras, às 18h30, eram exibidos clássicos do cinema português, ao mesmo tempo que se iniciava uma colecção de livros dedicada a esses pioneiros da Sétima Arte.

"João Tavares e o primitivo cinema português" é um desses livros, assinado por Fernando Duarte e que se encontra dividido em quatro capítulos:

1 - O pioneirismo em que se integrou João Tavares
2 - O realizador João Tavares
3 - João Tavares e os outros primitivos pioneiros
4 - Filmografia de João Tavares

Desta edição, datada de 1983, foram tirados 300 exemplares.

Rui Luís Lima

quarta-feira, 5 de julho de 2023

Jaime Silva - "Fim de Estação"


Jaime Silva
"Fim de Estação"
(Portugal - 1982)
Ávila Costa, David Carvalho, Fernanda Alves,
Natália Luíza, Rui Mendes, Isabel Lopes.

O cinema português está repleto de casos singulares, que infelizmente foram esquecidos e que bem merecem ser recordados, como sucede com o fabuloso filme "Fim de Estação" realizado por Jaime Silva em 1982 e que se estreou no cinema Quarteto no ano seguinte a 28 de Outubro.

O crítico de cinema José de Matos Cruz referiu o seguinte àcerca desta película de Jaime Silva: "Numa estância termal, pelo Outono de 1913, durante os meses que precederam a eclosão da I Guerra Mundial, portugueses e estrangeiros - escritores, artistas, financeiros, militantes - vivem o ambiente decadente e angustiado duma época que chega ao fim, e que irá desembocar, inevitavelmente, num devastador conflito. O romantismo e idealismo do século XIX, com todos os seus contrastes ideológicos, culturais, irá terminar nas fronteiras da Flandres. Tal é sugerido, através dos dramas pessoais e colectivos..."

Confesso que nunca mais me esqueci deste "Fim de Estação" que possui na fotografia de Acácio da Almeida um dos seus trunfos indescutiveis, a par da fabulosa reslaização de Jaime Silva. Estamos perante um filme que bem merece ser redescoberto!

Rui Luís Lima

segunda-feira, 3 de julho de 2023

Rainer Werner Fassbinder - "A Saudade de Veronika Voss" / "Die Sehnsucht der Veronika Voss"


Rainer Werner Fassbinder
"A Saudade de Veronika Voss" / "Die Sehnsucht der Veronika Voss"
(Alemanha - 1982) - (104 min. - P/B)
Rosel Zech, Hilmar Thate, Cornelia Froboess.

Um dos mais belos filmes da extensa filmografia de Rainer Werne Fassbinder e onde Rosel Zech (Veronika Voss) nos oferece uma interpretação que nos fica na memória para sempre!

Yilmaz Güney / Serif Gören -"Yol, Licença Precária" / "Yol"


Yilmaz Güney / Serif Gören
"Yol, Licença Precária" / "Yol"
(Suiça - 1982) - (107 min. / Cor)
Tarik Akan, Serif Sezer, Halil Ergün.

"Yol, Licença Precária" é um filme de Yilmaz Güney que na época se encontrava preso numa prisão turca e que escreveu o argumento, tendo também detalhado, plano a plano,  a forma como a realização da película deveria ser feita, tendo essa tarefa sido entregue a Serif Goren que seguiu de forma perfeita as intruções do cineasta Yilmaz Guney.

Por todas estas razões esta película teve produção Suiça e nunca é demais recordar que Yilmaz Güney antes de passar para detrás da câmara era um dos actores mais populares na Turquia. 

"Yol, Licença Precária" / "Yol" recebeu a Palma de Ouro do Festival de Cannes de 1982.

Michael Mann - "Fúria de Vencer" / "The Jericho Mile"


Michael Mann
"Fúria de Vencer" / "The Jericho Mile"
(EUA - 1979) - (97 min. / Cor)
Peter Strauss, Richard Lawson, Roger E. Mosley, Brian Dennehy.

Esta película de Michael Mann foi realizada para o pequeno écran, mas perante o enorme sucesso que obteve, muito graças à fabulosa interpretação de Peter Strauss, terminou por ser exibida nas salas de cinema.

Ikuo Sekimoto - "O Império do Desejo" / "Ôoku ukiyo-buro"


Ikuo Sekimoto
"O Império do Desejo" / "Ôoku ukiyo-buro"
(Japão - 1977) - (90 Min. / Cor)
Maya Hiromi, Eiko Matsuda, Masaru Shiga.

No seguimento do sucesso na Europa dos filmes de Nagisa Oshima, "O Império dos Sentidos" e "O Império da Paixão", surgiu no cinema Quarteto em estreia a 2 de Julho de 1982 este filme intitulado "O Império do Desejo", numa tentativa de capitalizar o sucesso dos filmes anteriores, incluindo o facto de ter também como protagonista a bela Eiko Matsuda, que tinha sido uma descoberta em "Ai no korida", que traduzido à letra seria "A Corrida do Amor" e que ficou conhecido em Portugal como "O Império dos Sentidos" (tradução do título francês). 

No entanto "O Império do Desejo" / "Ôoku ukiyo-buro", que ficou conhecido no mundo ocidental também com o título de "The General and His Empire of Joy" não cativou as plateias como sucedeu com as películas de Nagisa Oshima.

domingo, 2 de julho de 2023

Marco Ferreri - "O Hárem" / "L' harem"


Marco Ferreri
"O Hárem" / "L'harem"
(Itália / França - 1967) - (96 min. / Cor)
Carroll Baker, GastoneMoschin, Renato Salvatori,
William Berger, John Philip Law, Ugo Tognazzi.

Como o cartaz do filme sugere nesse ano de 1967 é a mulher (Carroll Baker) quem domina o hárem masculino desta película, em mais uma provocação do cineasta italiano Marco Ferreri aos denominados bons costumes e foi assim que "O Hárem" / "L'harem" só se estreou em Portugal em 1982 ou seja 15 anos após a sua feitura!

Neil Young - "O Anjo do Rock" / "Rust Never Sleeps"


Neil Young (Bernard Shakey)
"O Anjo do Rock" / "Rust Never Sleeps"
(EUA - 1979) - (108 min. / Cor)
Neil Young, Ralph Molina, Frank 'Pancho' Sampedro, Billy Talbot.


Estamos perante um concerto memorável de Neil Young que inicialmente surge a solo no palco, paa depois ter a companhoa dos Crazy Horse e então não há chuva que pare este concerto fabuloso e inesquecível para quem o viu ou escutou no fabuloso duplo-álbum que nos oferece a banda sonora deste filme realizado por Bernard Shakey, que não é mais do que um pseudónimo encontrado por Neil Young para assinar esta obra-prima do musical!

Nota: Já o título que o distribuidor português desejou brindar o filme era desnecessário, porque bastava simplesmente usar o original; "Rust Never Sleeps"!