“O Deus da Carnificina” / “Carnage”
(França, Alemanha, Polónia, Espanha – 2011) – (80 min./Cor)
Jodie Foster, Kate Winslet, John C. Reilly, Christoph Waltz.
Roman Polanski passou ao grande écran de uma das mais famosas peças de Yasmina Reza, com um saber e uma direcção de actores inesquecível e em “O Deus da Carnificina” / “Carnage” encontramos uma Jodie Foster como não víamos há muito, já Kate Winslet é soberba na figura da esposa desse homem que não larga o telemóvel e depois temos dois actores invulgarmente talentosos e se John C. Reilly sempre foi excelente nas personagens a que deu vida, já o austríaco Christoph Waltz, que muitos descobriram num filme de Tarantino, revela-se o actor perfeito para encarnar este Alan Cowan que, com a esposa, vai a casa dos pais do jovem que agrediu o seu filho no Brooklin Bridge Park, a fim de resolverem o incidente ocorrido entre as duas crianças que navegam nessa idade crítica da adolescência.
E aqui navegamos no universo do politicamente correcto que, ao longo do encontro, irá invadir territórios que nenhum dos casais estaria à espera, mas como todos sabemos palavra puxa palavra e uma palavra errada dita numa altura errada ou interpretada de forma diferente do que se pretendia ao pronunciá-la, por vezes faz rolar uma pequena bola de neve que termina por se tornar nessa avalanche e que, por vezes, transforma o ser humano no último dos selvagens ou o derradeiro sobrevivente, se assim o desejarem.
Rui Luís Lima
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